domingo, 27 de junho de 2010

Mystérieux,

Tudo começou com uma brincadeira feita entre amigas. Quando me dei conta, já estava sentindo minha respiração ficar alterada, meus batimentos cardíacos descompassados, todo o meu corpo estremecido e de repente um sorriso escondido por detrás dessas tantas reações.

Peguei-me prestando atenção em cada movimento que seu corpo fazia, no seu jeito quieto e reservado, mas, de certa forma, ácido. Já percebi que às vezes se empolga com determinado assunto em volta e torna-se um pouco prolixo, o que nos faz pensar mil vezes para entender o que foi dito.

Seguir seu Twitter, conseguir seu MSN, saber os lugares que frequenta e o que gosta de fazer foram algumas tarefas que coloquei no meu dia para eu tentar entendê-lo, mas depois de algumas semanas notei que essa não é a tarefa que devo ter no meu dia a dia, pois entender uma pessoa é extremamente complexo e na maioria das vezes não entendemos nem a nós mesmos.

Não sei qual atitude devo tomar, pois não gosto de deixar as coisas ditas sempre nas entrelinhas. Às vezes é divertido, porque o mistério que permeia toda a sua pessoa continuará envolto à situação, mas eu tenho medo desse silêncio atrapalhar.

Não quero que pense que estou apaixonada ou algo parecido. Somente estou encantada por você. É sensível, diferente dos outros homens. E eu sinceramente queria que você desse uma brecha para mim. Me senti cada dia mais acuada, pois todo tipo de aproximação sutil que eu possa ter, eu já tive, e na maioria do tempo você poda.

Enfim, isso é um desabafo de alguém que acha que vale muito a pena conhecê-lo.
Se cuida.

Beijos,
Dani Aoki

domingo, 20 de junho de 2010

Carta ao meu, quem sabe, amor...



E se soubesses que és tu quem habita meus sonhos, empurrando-me para o abismo dos teus encantos? Encontro-me cada vez mais perdido na aura pura do teu sorriso, cada vez menos sano quando meus olhos vão de encontro aos teus. Num derradeiro reflexo, o meu olhar oculta-se e meu coração debate-se como que querendo estraçalhar o peito. Resta a dúvida se devo acreditar nesse delírio ou se devo fugir dessa tormenta.

Como num vício, meus pensamentos se alimentam da tua imagem a todo instante. A tua presença tornou-se a minha rotina. Como diz Ana, [...]“cada vez que eu fujo eu me aproximo mais”[...], porque fugindo de ti é que percebo o quão presente é o teu espírito e o vazio que ele me faz sentir quando ausente.

E por que razão tudo isso? Como ousas brincar com meus sentimentos e, não duvido, sem saber? Como ousas invadir a minha mente? Como se atreve a se parecer comigo e, principalmente, como te encontras no direito de angustiar-me com o receio torturante de jamais ter-te em meus braços?

Acaba logo com isso. Tu roubastes meus sonhos e sem eles eu não sei voar...


*Carta enviada por Marcos de Oliveira Júnior