domingo, 17 de outubro de 2010
A mim
domingo, 10 de outubro de 2010
É o que eu tenho a dizer...
Essas últimas duas semanas foram difíceis, pensei em muita coisa, me disseram muita coisa porque eu precisava de alguém para me ajudar, mas eu não sentia nada. No instante que percebi que estava perplexa a tudo que acontecia ao meu redor, fiquei em choque, em pânico.
E eu sou uma pessoa que sente tudo a flor da pele e pela primeira vez eu estava apática, não sabia como agir, qual reação ter, tudo parecia tão indiferente.
Chorei diversas vezes sem ao menos saber o porquê de tantas lágrimas, chorava porque vi amigas revoltadas com o que eu passava, e eu me questionando porque elas estão assim e eu não? Por que eu não sinto nada?
Isso me angustiou cada vez mais, e quanto mais eu tentava entender o que eu sentia mais eu percebia que não tinha o que sentir.
Eu não posso dizer que nunca mais vou falar ou olhar para você porque estarei mentindo para mim e para você. Eu posso dizer, que isso tudo foi um pesadelo, que acabou assim acordei.
O que posso dizer é que eu te amo; que eu te perdoei.
Eu posso dizer que eu não me incomodo com a situação porque não tenho com o que me incomodar; posso dizer que ficarei feliz quando isso se estabelecer para você. Posso dizer que torço por você sempre.
Posso dizer que quero sempre o seu bem, que quero te proteger; como você sempre fez por mim.
Posso dizer que somos maiores do que tudo, e vocês sabem disso!
Carta enviada pela Daniele Aoki
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
A maçã e o garoto
E a história começa mais ou menos assim...
Pedro era um garoto pobre da periferia, desde cedo rebelde, mal criado, não entendia o que passava em sua volta.
Certa vez ele desafiou o mundo em busca de sua felicidade, em suas aventuras colecionou altos e baixos. Mais baixos que altos...
Certo dia então, ao chegar em casa, se deparou com o que seria a maior surpresa de sua vida: em sua cesta de maçãs todas se encontravam podres, exceto uma de coloração diferente, dourada, que tinha apenas uma parte podre. Ele então se lembrara dos ensinamentos de sua mãe que uma vez havia dito que devíamos sempre retirar o que havia de podre para não contaminar o resto, mas não havia dito o que fazer quando todas estivessem podres. Ali então, o pequeno garoto começara um de seus planos mais ambiciosos: decidira tirar o podre daquela maça dourada, e plantá-la no quintal, na expectativa de ali surgir uma árvore que desse muitos frutos.
Pedro então começou a ter uma atenção especial com aquilo, aguando-a, dividindo sua própria água. Mesmo em tempos de seca, havia depositado toda sua esperança e fé de um dia poder colher os frutos. Um dia, ao acordar, deparou-se com um pequeno broto, que desde então foi crescendo e crescendo até atingir o mesmo tamanho do garoto.
Mais surpresas aconteceriam na vida de Pedro, ele então precisou partir aquilo que um dia fora um broto e havia se tornado uma pequena árvore. Não era mais tão frágil, não precisava mais de todo aquele cuidado. Escolhera ir ao litoral, queria ver o mar, aprender a surfar.
O tempo foi passando e aquele garoto foi buscando seu espaço. Queria voltar um dia a sua cidade natal, sendo visto como um homem e carregado de bons frutos e queria plantar todos assim como tivera feito com sua maçã dourada...
Mal sabia ele que quando voltasse àquela árvore, agora uma magnífica macieira, teria se tornado tão grandiosa que ele mesmo não conseguiria pegar fruto algum, a menos que ele aprendesse a voar.
Assim a vida deveria seguir.
Ah, e sobre o resto das maçãs podres fica para a próxima, assim como o projeto de asas que está a surgir.
E mais uma coisa, mal sabe o escritor que aquele menino teria dedicado todo seu amor naquela maçã mesmo não sendo recíproco. E que hoje Pedro havia se tornado quem se tornou, conseguido o que conseguiu, e mais do que isso: queria aprender a voar; Isso e mais um montão de coisas só por causa da chama do seu amor, que às vezes mesmo fraca nunca se apagou.
*Carta enviada por Rubens